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Mostrando postagens de setembro, 2018

Não Vos Canseis Pelo Ouro

            9 – Não possuais ouro nem prata, nem leveis dinheiro nas vossas cintas; nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão, porque digno é o trabalhador do seu alimento.             10 – E em qualquer cidade ou aldeia que entrardes, informai-vos de quem há nela digno, e ficai ali até que vos retireis. E ao entrardes na casa, saudai-a, dizendo: Paz seja nesta casa. E se aquela casa na realidade o merecer, virá sobre ela a vossa paz; e se não o merecer, tornará para vós a vossa paz. Sucedendo não vos querer alguém em casa, nem ouvir o que dizeis, ao sair para fora da casa, ou da cidade, sacudi o pó de vossos pés. Em verdade vos afirmo isto: menos rigor experimentará no dia do juízo a terra de Sodoma e de Gomorra, do que aquela cidade. (Mateus, X: 9-15).             11 – Estas palavras, que Jesus dirigia aos seus apóstolos, ao enviá-los anunciar a boa nova pela ...

Convidar os Pobres e Estropiados

7 – Dizia mais ainda ao que o tinha convidado: Quando deres algum jantar ou alguma ceia, não chames nem teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles te convidem à sua vez, e te paguem com isso; mas quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, porque esses não tem com que te retribuir, mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos. Tendo ouvido estas coisas, um dos que estavam à mesa disse para Jesus: Bem-aventurado o que comer o pão no Reino de Deus. (Lucas, XIV: 12-15).             8 – “Quando fizeres um banquete, disse Jesus, não convides os teus amigos, mas os pobres e os estropiados”. Essas palavras, absurdas, se as tomarmos ao pé da letra, são sublimes, quando procuramos entender-lhes o espírito. Jesus não poderia ter querido dizer que, em lugar dos amigos, fosse necessário reunir à mesa os mendigos ...

Causas Atuais das Aflições

            4 – As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se quisermos, tem duas origens bem diversas, que importa distinguir: umas têm sua causa na vida presente; fora desta vida.             Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são as conseqüências naturais do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!             Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração! Que de dissensões de disputas funestas, poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!...

A Candeia Debaixo Do Alqueire – Porque Fala Jesus Por Parábolas

            1 – Nem os que acendem uma luzerna a metem debaixo do alqueire, mas põem-na sobre o candeeiro, a fim de que ela dê luz a todos os que estão na casa. (Mateus, V: 15).             2 – Ninguém, pois, acende uma luzerna e a cobre com alguma vasilha, ou a põe debaixo da cama; põe-na, sim, sobre um candeeiro, para que vejam a luz os que entram. Porque não há coisa encoberta, que não haja de ser manifestada; nem escondida, que não haja de saber-se e fazer-se pública. (Lucas, VIII: 16-17).             3 – E chegando-se a ele os discípulos lhe disseram: Por que razão lhes falas tu por parábola? Ele, respondendo, lhes disse: Porque a vós outro vos é dado saber os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não lhes é concedido. Porque ao que tem, se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque eles vendo, não v...

O Suicídio e a Loucura

14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar. 15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facil...

Indissolubilidade do Casamento

            1 – E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o e dizendo: É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa? Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? E disse: Por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou. Replicaram-lhe eles: Pois por que mandou Moisés dar o homem à sua mulher carta de desquite, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim. Eu, pois, vos declaro, que todo aquele que repudiar sua mulher, se não for por causa da fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que o outro repudiou, comete adultério. (Mateus, XIX: 3-9)             2 – A não ser o...

Emprego da Fortuna

CHEVERUS Bordeaux, 1861             11 – Não podeis servir a Deus e a Mamon; guardai bem isto, vós que sois dominados pelo amor do ouro, vós que venderíeis a alma para enriquecer, porque isso poderia elevar-vos acima dos outros e proporcionar-vos o gozo das paixões. Não, não podeis servir a Deus e a Mamon! Se sentirdes, portanto, vossa alma dominada pelas cobiças da carne, apresse-vos em sacudir o jugo que vos esmaga, pois Deus, justo e severo, vos perguntará: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Empregaste essa poderosa fonte das boas obras unicamente na tua satisfação pessoal?             Mas qual é, então, o melhor emprego da fortuna? Procurai nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução desse problema, pois nelas está o segredo da boa aplicação das riquezas. O que ama o seu próximo já tem a sua conduta inteiramente traçada, pois a aplicação que agrada a Deus é a da caridade. Não essa caridade ...